segunda-feira, 30 de junho de 2008

regras parafraseadas.

Valia-se da língua contra os imbecis que o atordoavam. Dominava regras e conhecia povos antigos. Detinha-se de um conhecimento invejável, o qual nenhum homem negaria. E era exceção quem não o admirava. Era melancolia que predominava em sua fala. Tantas regras, tantas, tantas.

As mulheres eram vaidosas e difíceis. Mas com ele não possuía tais requisitos. Ele não as atacava, as dominava. E se tentasse, haveria de vir outro homem, mais homem, que ganharia o espaço. Ele, acovardado, voltava para as regras dos livros. Nelas, nada mudava. E pouco havia de desafio. Talvez, quando alguma regra abatia-se na mudança da língua. Mas tudo regenerava-se como uma rapidez de se impressionar.

Não era costume a palavra efêmera, já que tudo era sempre o mesmo tudo. E o tempo, o mesmo tempo. Ele sentia-se bem enquanto tudo passava-se na sua frente. Mesmo que não tendo em mãos sólidas, nem sentido o calor da revolução, sabia que de uma maneira ou outra iria sentir o sentimento que seus vizinhos detinham.

A manhã era sagrada, nada muito diferente, mas sagrada. As rosas, ele insistia, deveriam permanecer iguais. E se uma delas ousasse em perder alguma das pétalas, ele a arrancaria. Sabia o quanto as rosas o enganaram. E só dedicava suas manhãs pela beleza que elas exalavam. Pelo cheiro doce e amargo que elas o faziam relembrar.

Nada de diferente acontecera na vida do já velho moço. O tempo do ciumes ele não conhecera. E por isso o da delicadeza, muito menos. Quase que em vista à morte, ele olhara para trás. E em meio a tantas regras e mais regras, percebeu enfim o procurava: o amor. E nesse, não há regras, não há inquisições. Há apenas a paixão, o ciume, a raiva, o perdão...o amar.

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